História
Em 30 de setembro de 1969, membros da sociedade santa-ritense fundaram a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Santa Rita do Sapucaí, entidade filantrópica, com finalidade precípua de prestar a mais ampla assistência às pessoas excepcionais de ambos os sexos, sem considerar - lhes a idade, raça, religião, credo político, condição social e financeira, nacionalidade ou naturalidade. (Estatuto da APAE de S. R do Sapucaí, 1969).
Quando começou o movimento apaeano, no inicio dos anos 70, em Santa Rita do Sapucaí, alguns pais de crianças deficientes tomaram a frente e levantaram sua bandeira. No início, eram seis casais; com o passar dos anos, permaneceram somente dois casais, e a partir da construção da sede própria, somente um casal permanece até os dias de hoje.
Quando a APAE de Santa Rita do Sapucaí foi fundada, seu espaço físico era precário. Funcionou inicialmente numa casa cedida por um dos fundadores,contando, a partir de janeiro de 1970, com uma psicóloga e um neurologista que vinham de quinze em quinze dias de Belo Horizonte, para orientar os dois profissionais que trabalhavam todos os dias, como também as próprias mães que ajudavam em todas as atividades. Freqüentavam a APAE apenas 10 crianças, realizando exercícios de fisioterapia (arrastar, engatinhar) e atividades de estimulação sensorial (exercícios de visão, audição e fala).
Em 1971, mudou-se para outro local, quando a paróquia da cidade cedeu uma casa um pouco maior. Com recursos financeiros adquiridos através de um evento beneficente, foram feitas adaptações para um melhor atendimento, e passando a funcionar os setores de fisioterapia, consultório médico, psicologia, secretaria e cozinha.
Em março de 1973, iniciou -se a escolaridade. O quadro de funcionários era composto de 3 auxiliares de fisioterapia, 1 psicóloga, 1 neurologista, 2 professoras e 1 servente. Freqüentavam a APAE 20 crianças, sendo que algumas recebiam somente o tratamento de reabilitação, como fisioterapia e estimulação sensorial. Outras freqüentavam também a escolaridade, onde funcionava uma 1ª série e uma sala de AVD (atividades da vida diária). Nesta época a APAE só funcionava no período da tarde.
Em pouco tempo surgiram mais e mais crianças, e foi necessário aumentar o número de profissionais. Com a criação de outras salas de aula, houve a necessidade de funcionar, também, no período da manhã. Somente em 1977 foi contratada uma assistente social, começando então a se pensar em um trabalho multidisciplinar.
No final dos anos 70, a APAE de Santa Rita do Sapucaí atendia 120 crianças e possuía uma equipe multidisciplinar completa: neurologista, pediatra, psicóloga, fisioterapeuta, pedagoga, assistente social, fonoaudióloga, técnicos para a psicomotricidade, fisioterapia e professores, desde o pré – escolar até a 2ª série. Estes funcionários eram mantidos por um convênio com a extinta LBA (Legião Brasileira de Assistência Social). A carga de trabalho era de 8 horas / dia. O convênio durou pouco mais de quatro anos; logo a APAE teve que funcionar com verbas mais escassas, pois existia um fator que desfavorecia o trabalho realizado: o espaço físico. A APAE continuava em um prédio pequeno, sem condições de oferecer ao seu cliente um tratamento compatível com suas necessidades. Sendo assim, perdeu grande parte dos recursos humanos de que dispunha.
Em 1984, iniciou a construção da sede própria, num terreno de 11.000 m2, que fora adquirido ao longo três anos pela própria entidade, através de eventos beneficentes. Foi feito um financiamento junto à Caixa Econômica Federal, através do FAS (Fundo de Assistência Social). A escola foi projetada tendo em vista garantir a acessibilidade, o trânsito das cadeiras de roda.
Em 09 de março de 1985, foi aprovada a autorização de funcionamento da Escola de Educação Especial da APAE no CEE de Minas Gerais, através da portaria 152/85.
Em março de 1989, a APAE mudou-se para sua nova sede, com uma infra-estrutura para comportar 300 clientes. Há uma área recreativa de 1.700 m2, uma horta de 4.000 m2, e no restante do terreno foram formados os jardins.
Por volta de 1990, foi feito um convênio com a Prefeitura local para pagamento de professoras, e outro convênio com a Secretaria Estadual de Educação do Estado de Minas Gerais, para contratação de professoras e especialista (pedagoga).
Foram celebrados também, convênios com as cidades vizinhas que não possuíam APAE, para o atendimento de pessoas com deficiências.
Em 21 de novembro de 1995, sob portaria nº 1318/95 ficou autorizado o funcionamento da 3ª e 4ª séries do ensino fundamental.
Em 08 de março de 2001 foi autorizada a mudança de Escola de Educação Especial da APAE de Santa Rita do Sapucaí para Centro Educacional Edgard Sodré Azevedo da APAE.
A partir daí a APAE passou a prestar atendimento nas áreas de: reabilitação: fisioterapia, estimulação precoce, psicomotricidade, fonoaudiologia, estimulação da fala e da escrita, odontologia, neuropediatria, pediatria, psiquiatria, terapia ocupacional; Centro Educacional Inclusivo: Educação Infantil (Maternal, Pré-Escolar), Ensino Fundamental (1ª a 4ª série); Ensino Profissionalizante (iniciação profissional e profissionalização para jovens e adultos e preparação e inserção ao trabalho).
No ano de 2007 foi autorizado a EJA – Educação de Jovens e Adultos. Hoje contamos alem dos serviços citados acima, Educação para Surdos, Laboratório de Desenvolvimento Funcional que atende autistas e condutas típicas da cidade e dos municípios próximos.
A Instituição tem muita credibilidade, tudo que realiza é visto com bons olhos pela comunidade local, como também pelas cidades vizinhas e demais APAES do estado de Minas Gerais, que a consideram uma instituição modelo.
